O presidente
Michel Temer afirmou recentemente que a população brasileira irá compreender o
aumento dos impostos sobre os combustíveis.
Alguém
tem o Whatsapp dele? Se tiver, avise-o que o
Brasil é o país dos impostos? Será que ele tá sabendo? E diga, também, que no
nosso país, quatro milhões de reais são arrecadados por minuto? Ao terminar de ler esse texto, doze milhões serão acrescentados aos cofres públicos.
Se você,
caro leitor(a), toma uma cervejinha de vez em quando, só pra te informar, 56%
do valor da latinha é imposto. Tem algum perfume importado? Setenta e sete por
cento desse perfume foi de imposto. Dá pra acreditar?
Casei-me com um advogado que se especializou
em consultoria tributária. Ele é apaixonado pelo que faz e se deu muito bem na
profissão já que ninguém entende perfeitamente este manicômio tributário em que
vivemos.
Sempre ouço alguém dizendo: “Só tem duas
coisas que podemos ter certeza nessa vida: a morte e os impostos.” Ou mesmo:“Impostos
de mais, retorno de menos”.
Então,
já que nos é imposto esse monte de impostos e vários deles não servem pra nada,
ou não conseguimos enxergar nenhum benefício, quero sugerir mais alguns, que
podem ser realmente benéficos para nós, cidadãos brasileiros. Lá vai:
-
Imposto sobre peidos soltados no elevador. Sempre tem um cidadão que judia
nessas horas e não temos como fugir.
-Imposto
sobre telefonemas indesejáveis de telemarketing;
-Imposto
sobre casamentos, pra esse pessoal que brinca de casar e separar e casar de
novo. Só o Fábio Júnior já garantiria uma boa arrecadação para o governo.
-Imposto
sobre número de filhos. Começando pelo Mr. Catra. Imagina só?
-Imposto
sobre propaganda enganosa. O governo arrecadaria horrores, começando pelas
propagandas de shampoo, que garantem transformações milagrosas no seu cabelo,
na primeira lavagem. Ou das escolas de inglês que prometem que o cidadão falará
fluentemente depois de 3 meses de curso intensivo. Uma ova!
-Imposto
sobre vizinho mala e sem noção (Quem não tem um levante a mão);
-Imposto
sobre periguetes que querem chamar atenção a qualquer custo;
-Imposto
pra aqueles cabeleireiros sacanas que cortam dez dedos do seu cabelo sendo que
você pediu pra tirar só as pontas. Como confiar numa pessoa dessa?
-Imposto
pra quem não usa desodorante;
-Imposto
para aqueles que desconhecem as palavras com licença, por favor e obrigado. Vai
ser o recorde de arrecadação já visto nesse país;
-Imposto
sobre arroz de casamento ou de ceia de fim de ano com uva passas. Onde já se
viu? Se quiser servir, tudo bem. Mas sirva também a opção de arroz branco, por
favor. E maçã na maionese de legumes? Pra quê?;
-Imposto
pra quem leva Bavaria no seu churrasco, mas acaba tomando a sua Stella Artois;
-Imposto
sobre aquelas lojas que querem te empurrar goela abaixo todo tipo de artigo
natalino como papais-noéis, guirlandas e luzinhas pisca-pisca em pleno mês de
setembro. Mas já?
-Imposto
sobre aquelas pessoas que comem o dia inteiro e não engordam. E pra piorar tem
barriga tanquinho. Ninguém merece uma coisa dessas.
-Imposto
sobre amigos, namorados ou cônjuges que, em vez de conversar com você no
restaurante, ficam o tempo inteiro no celular, no WhatsApp ou Facebook;
-Imposto
que incide sobre maridos que monopolizam o controle remoto da TV;
-Imposto
sobre balanças malvadas, que, na maior cara de pau, te mostram que você
engordou dois quilos em 1 semana que passou comendo alface;
-Imposto
sobre aqueles simpáticos carros que passam berrando no autofalante as sete da
manhã: “Pamonhas de Piracicaba!!!!!!!”
-Imposto
sobre pessoas dramáticas e pessimistas que só abrem a boca pra contar todas as
tragédias do mundo. Aquelas que sugam a sua energia, sabe? Nunca pergunte “Tudo
bem?” pra elas.
-Imposto
sobre velhinhos ou motoristas sem noção que dirigem a vinte Km/h no meio da
rua, sem dar chance pra você ultrapassar. Ou pra aqueles que dirigem há dez
anos e não sabem o que significa a palavra “seta”.
-Imposto
para aquelas pessoas que sempre dizem: “ Você sabe com quem está falando? ”.
Sim, isso existe, não é só em novela.
-Imposto
sobre pessoas que comem com a boca aberta nas refeições, lambem os dedos e
arrotam no final.
-Imposto
sobre senhorinhas que saem de casa sem sutiã, mesmo que, devido à gravidade, os
peitos estejam na altura do umbigo.
Espero
que, com esses novos impostos, o Senhor presidente consiga tirar nosso país da
lama.
E
avise também que NÃO. Nós não compreendemos porcaria nenhuma.