domingo, 17 de junho de 2018

A morte da balança



Eu sei que vocês estão preocupados com o jogo do Brasil e tal mas aí vai um textinho ( ou seja, um testículo). 

Hoje fui me pesar e percebi que a balança havia morrido. Não apareceu nenhum numerinho infeliz ali no visor. É com pesar que lhes digo que não pude me pesar. Acho que ela morreu de desgosto ou rejeição, afinal, nunca foi amada e valorizada por nossa família. Sempre esquecida debaixo da pia do banheiro, era pisada por todos. E quando era pisada os habitantes da casa sempre saíam um pouco tristes, cabisbaixos, com cara de decepção. Confesso, queridos leitores, que ao perceber a ausência de algoritmo ali, me deu uma certa alegria, sabem? Viver na ignorância, às vezes, é uma delícia. Os números, muitas vezes, são cruéis e sinceros demais. E assim, me entupirei de salame, amendoim, salgadinho, queijo e todos os petiscos de copa do mundo sem saber se engordei ou não. Sem peso na consciência. Porque ninguém serve uma saladinha de chia com linhaça com suco verde nos jogos, já notaram? Depois da Copa eu compro outra balança. Aí a gente corre atrás do prejuízo.

 Descanse em paz pobre balança. RIP