quinta-feira, 23 de maio de 2019

O abraço do Davi


Ontem, 22 de maio, foi o dia do abraço. Vocês já tinham ouvido falar nesse dia? Eu não.


Se tem uma coisa que meu filho mais velho, o Davi, faz muito bem é dar abraços. Ele tem 12 anos e está no sétimo ano. Não pense que é um abracinho chocho, viu? É poderoso, apertado. Como ele é gigante, quase derruba os outros. O bonito disso é que ele não pede abraços só para nós, familiares, mas já pediu várias vezes para amigos meus, que acompanharam o crescimento dele. E que crescimento, diga-se de passagem.
Aqui em casa já me acostumei. Às vezes, quando estou saindo de casa, esbaforida e atrasada, escuto ele dizendo: “Você só vai embora se me der um abraço”. Se peço pra ele me trazer um copo de água ele diz: “só se me der um abraço”. Ele também costuma travar sua passagem, como uma cancela de pedágio. Só passa se der um abraço.

Hoje ele chegou da escola, me deu um abraço, lógico, e me contou que era dia do abraço. Disse que um professor entrou na classe com luvas gigantescas nas mãos e saiu abraçando todos os alunos. A partir da ideia do professor, ele se sentiu motivado a abraçar quem via pela frente. Alunos que conhecia e os que não conhecia também. Perguntei se todos aceitaram o convite. “A maioria sim. Alguns disseram que se abraçasse as meninas, iriam achar que eu gostava delas. E que era estranho menino abraçando menino.”


O abraço é um gesto simples, mas que expressa vários sentimentos. Afeto, consolo, carinho, amizade, intimidade, saudade, atenção, apoio. Onde, anatomicamente, os corações dos envolvidos ficam bem próximos.

Já ouviram aquela música do Jota Quest? Vejam esse pedacinho:

“O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço
Tudo que a gente sofre
Num abraço se dissolve
Tudo o que se espera ou sonha
Num abraço a gente encontra”

Quando o Davi me contou o que fez ontem, meu coração se sentiu abraçado, aquecido. Afinal, vivemos em um mundo frozen, em se tratando de expressar afeto.
Que privilégio eu tenho (obrigada Deus) por ter essa abundância de abraços aqui em casa, todos os dias.
Sim, filho, te dou quantos abraços você quiser. O mundo precisa de mais abraçadores como você.
Que todo dia seja dia do abraço!